21 Guardioes da Luz
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
MENSAGEM - A TRISTEZA DOS ORIXÁS
Autoria Espiritual: Vovó Maria Conga
Transcritor: Humilde e desconhecido
Local: Algum terreiro da Bahia
“Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência uma verdadeira mensagem para os umbandistas. Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração: - Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? - ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade. - Desculpe, sabe, ando meio ocupado - Respondeu um triste Ogum. - Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. - É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãezinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado… Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria vida por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, à direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que se utiliza de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer os trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muita das vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso se torna uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava. Continuou Ogum: - Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberba, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando–a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição. Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…
Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulú apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra ela. Magoava-se por sua falange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua Falange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso. Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir-se de suas vestimentas sagradas, além de as deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulú, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxóssi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém se lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro. Um a um, todos foram despindo-se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás. Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exú. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado pela Pomba-gira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam-se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pomba-gira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando-o a figura do Diabo: - Há, há, há, lamentável essa situação, há, há, há, lamentável! - Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá. Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer: - Espere! - pensou Yemanjá - Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou–se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também se despiu de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:
- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse, às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e nos buscam dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos.
Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir… Quando Oxalá calou-se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos eram os que os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros se juntariam nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade. Em Aruanda, os caboclos, preto-velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem-aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram suas armas. Apenas sorriam e se abraçavam. O alto os abençoava… Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pomba-giras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz. Miríades de espíritos foram retiradas do baixo-astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou-se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as agrégaras de paz e luz deram-se as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás. Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem-se disso. E quanto a todos aqueles que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem-se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem-se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Os honrem. Sejam luz, assim como Eles! Axé ê o babá.”
AS OFERENDAS NA UMBANDA
Desde a mais longínqua antigüidade o ser humano sempre tentou alcançar as benesses de seres superiores, seus deuses, através de presentes que julgavam ser do agrado destes. Sem entrar muito profundamente na história de cada religião, podemos ver alusões a oferendas, inclusive com matança de animais até mesmo no chamado Antigo Testamento, tendo sido inclusive o fato de Jeová não ter aceito a oferenda de Caim tão bem quanto aceitou a de Abel o que desencadeou no ciúme, inveja e posterior assassinato de um pelo outro. É certo também que com o passar dos tempos, muitos hábitos antes tidos como fundamentais, foram se modificando em todas as Religiões e Seitas, baseados na pressuposição de que não teriam real fundamento porque o Deus que procuravam não poderia mais ser ligado a presentes materiais como os que então eram oferecidos. Aprendemos que se entidades que não chegam a serem deuses, por não terem alcançado um nível evolutivo maior, já não se prendem às coisas materiais, que dirá um Deus ou mesmo um "Orixá", seja ele quem for. Por que então as oferendas na Umbanda? Por acaso não seria para alcançar as benesses dos Orixás e do próprio DEUS? Sabendo que os Orixás são irradiações puras do criador e não necessitam dessas oferendas, então quem realmente as recebe? Quem as recebe são entidades conhecidas como Elementais da Natureza, também conhecidos por Espíritos da Natureza. Os Elementais podem ser compreendidos, sob uma definição laica, como seres, criaturas físicas ou espirituais, que habitam os quatro reinos da natureza (água, fogo, terra e ar) e podem exercer influência sobre os seres vivos. Elementais também é o nome dado em algumas religiões a todo e qualquer espírito existente na natureza segundo a crença no “Animismo”18 Também são conhecidos como personagens fictícios, que representam a natureza e que seriam capazes de controlar seus elementos e os representar. São eles:
Silfos - os elementais do ar;
Salamandra - os elementais do fogo;
Ondinas - os elementais da água;
Gnomos - os elementais da terra.
O trato com Elementais pode ser perigosíssimo para os que não sabem se precaver, e é por isso mesmo que na Umbanda, o trato com esses seres é feito através daqueles que realmente sabem e podem, com segurança, determinar junto a eles as diretrizes desse ou daquele trabalho. Não é que seja tão difícil entrar em contato com eles, o problema está, principalmente, na tendência dos humanos quererem fazer desses seres os seus "geninhos particulares", pensando que são mais inteligentes e podem comprá-los com as oferendas que colocam em certos lugares sem se preocuparem com mais nada. Em casos assim eles podem transformar-se em obsessores difíceis de serem afastados. Que fique bem claro que os Elementais são amplamente utilizados em trabalhos de magia tanto positiva quanto negativamente por entidades astrais. Quando uma entidade pede uma oferenda para a realização deste ou daquele trabalho, pode estar certo de que a menos que ela seja um "quiumba", um espírito elementar em evolução, estará solicitando a mesma para que possa atrair e comandar certos elementais que têm ação direta sobre o tipo de trabalho a ser executado. Que fique bem claro que Entidade espiritual que já passou por um processo evolutivo não precisa comer nem beber, muito menos de sangue de animais sacrificados, já os Elementais e certos Espíritos
18- Animismo [do latim anima + ismo] - Teoria que considera a alma simultaneamente princípio de vida orgânica e psíquica. O termo Animismo foi cunhado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na sua obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva). Pelo termo Animismo, ele designou a manifestação religiosa na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, chamado de "ânima", que na visão cosmocêntrica significa energia, na antropocêntrica significa espírito e na teocêntrica alma. Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuírem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".
Elementares (quiumbas e certos obsessores) sim, pois pertencem a um nível astral quase que igual ao nosso e na verdade o que fazem é absorver a energia que emana desses elementos a eles oferecidos e não da matéria propriamente dita. Quanto às oferendas utilizadas na Umbanda são oferecidas exatamente na intenção de liberarem ou como forma de canalizarem certas energias, que por sua vez serão absorvidas e usadas para a realização do trabalho proposto. Quanto aos sacrifícios de animais, sabemos que é muito utilizado nos rituais de "troca de cabeça", como são conhecidos nos dias de hoje, esse tipo de ritual era utilizado por civilizações tão antigas que já foram até extintas; e em muitos casos até com o sacrifício de vida humana para que as "divindades", em troca, lhes proporcionassem bens nas mais variadas situações de vida. Hoje em resumo, esse ritual é utilizado para tirar de alguém certo mal, através da transferência da atuação que essa pessoa esteja sofrendo, para um animal de duas ou quatro patas que, segundo a regra, deve ser sacrificado a seguir para que sua energia vital possa ser absorvida pelos elementais ou obsessores, nesse caso verdadeiros vampiros, que atuavam no ser humano. Esse é um tipo de ritual perigosíssimo por colocar o médium e consulente em contato direto com as formas elementais do mais baixo grau. Sabemos que essas oferendas podem ser representativas ou “votivas” 19. Nós umbandistas não somos contra as oferendas, mas sim com o tipo e o excesso delas. Pois existem médiuns e assistentes dentro da Umbanda que acreditam piamente que só através de oferendas é que conseguirão os seus objetivos e fazem isto com tanto freqüência e fé que acabam “viciando” nesta prática a si mesmo e a entidade ou entidades oferendadas. Deveriam saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento, mas não o consegue por não estar habituado a fazer as coisas de maneira simples e espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta psíquica para canalizar sua fé. É claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não devem fazer parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser orientadas, explicadas e justificadas. Antes de mais nada, um verdadeiro umbandista deve sempre se preocupar em não poluir os reinos da natureza, considerar sempre a lógica e não esquecer de que a Umbanda considera a natureza como manifestação de Deus na terra, por tanto tem o dever preservá-la. Um grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda ao sempre se deparar com médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda se deveria entregar no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade. Vamos a ela: “Material necessário:
01 pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar entre as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
Algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;
01 pacote de desejo de fazer caridade desinteressada, em retribuição, para não "desandar" a massa.
Modo de Preparo: Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro. Coloque em frente ao Gongá e reze a seguinte prece: "Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém." Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar: Você se dispôs a ser um MÉDIUM!”
RELIGIÃO: O QUE É E O PORQUÊ DAS DIFERENTES PRÁTICAS E RITUAIS
Sabendo que as práticas e rituais das diversas seitas e religiões existentes são completamente diferentes, nos pegamos com as seguintes questões:
Quem tem as práticas e rituais mais acertados? Os católicos? Os protestantes? Os evangélicos? Os espíritas? Os umbandistas? Os candomblecistas?
Quem é o Deus verdadeiro? Jeová? Alá? Olorum? Zambi?
Quem de nós ainda não se fez uma dessas perguntas um dia? Afinal, qual seguimento religioso é o mais correto? Podemos afirmar que, mesmo dentro dos templos de uma mesma religião, sempre há diversidades em suas práticas e rituais. Para entendermos um pouco o porquê dessas diferenças começaremos explicando o que é “RELIGIÃO”3. Dentro do que se define como religião podemos encontrar muitas crenças e filosofias diferentes entre si, porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas, que é o fato de todas possuírem um sistema em crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses, e que também costumam possuir relatos sobre a origem do universo, da terra, do homem e sobre o que acontece após a morte. A idéia de religião, com muita freqüência, contempla que essas divindades ou seres superiores, que geralmente pertencem a um sistema hierárquico, teriam influência e o poder de determinação no destino do ser humano. Eles são conhecidos como anjos, demônios, elementais, deuses e semideuses. Outras definições mais amplas dispensam a idéia dessas divindades e focalizam suas doutrinas nos papéis de desenvolvimento de valores morais, de códigos de conduta e no senso cooperativo em uma comunidade. Buscando mais a fundo, veremos que religião pode ser definida como um conjunto de crenças naquilo que conhecemos como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas mesmas crenças. Sendo assim, podemos determinar que Religião é a religação, pouco importando por que caminhos sejam, da criação, o ser, com suas raízes criadoras. Então, desde que um grupo qualquer, em qualquer lugar do mundo, esteja trabalhando para alcançar novos níveis de conhecimentos com práticas que os levem na direção do Criador, não importando a doutrina que seguir, ele estará praticando Religião. Por outro lado, se as práticas e rituais do grupo visam muito mais a busca dos valores materiais que dos espirituais, a prática deixa de ser considerada Religião, pois não procura a religação da criação com seu Criador e sim da criatura com a matéria. Visto por esse lado, podemos afirmar que todas as reuniões e cultos, sejam elas Espíritas, de Umbanda, os Cultos de Nação Africana, os Cultos Evangélicos, ou as missas Católicas, podem ser consideradas Religião desde que cumpram o objetivo de tentar religar seus adeptos ao Poder Criador, ou a Energia Criadora, ou simplesmente DEUS. Nessa busca por Deus, são várias as doutrinas ou cartilhas que podem ser adotadas, mas sejam elas quais forem deverão sempre conduzir seu seguidor através de praticas e rituais que o elevem a níveis superiores de consciência, pois somente através da elevação da consciência ele estará no caminho de encontrar-se com seu CRIADOR ou seu DEUS. Podemos observar, por essa seqüência lógica, que não basta estarmos reunidos e falando de Deus, qualquer que seja o nome que Lhe queira dar, que estaremos praticando religião. Há algo muito mais profundo no sentido dessa palavra, que infelizmente é esquecido por muitos: só estaremos realmente praticando religião quando nos predispusermos a "sair de dentro de nossa casca" e abrirmos nossos corações para o mundo buscando, seja lá por que caminhos escolhermos, nossa elevação e se possível a de outros seres com menos compreensão. Isso explica porque a maioria das religiões prega tanto a chamada CARIDADE, que na sua essência não deixa de ser uma prática onde a pessoa se esquece de seu "mundinho", por alguns
3- Religião: Do latim: "religio", usada na antiga Vulgata, significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar".
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instantes que seja, no sentido de fazer um bem ao outro. E só pelo fato de se desprender de suas atribulações e agir com amor ao próximo por alguns instantes já faz com que naqueles breves momentos esteja se religando. É importante que se diga, no entanto, que se a caridade não for feita de boa vontade, com a verdadeira intenção de auxílio e com o conseqüente desprendimento de si mesmo, ela não estará funcionando como religação ou religião. É o caso daqueles que acham que, por darem esmolas nas ruas comprarão o afeto de DEUS, mas na verdade estarão é acostumando o ser ali presente ao dinheiro fácil. Caridade fizesse, se o levassem, lhe dessem bons tratos e orientação para que encontrasse seu caminho na vida. A verdadeira caridade é aquela que dá a vara de pescar e, com amor, ensina seu uso. Dar o peixe saciaria a fome momentaneamente, mas o aprendizado do uso da vara dará ao aflito a condição de conseguir, após a aprendizagem de seu uso, muitos outros peixes com o que se alimentará. Já em relação às práticas e rituais utilizados pelos diferentes grupos ditos religiosos, podemos dizer que essas diversidades acontecem mais pela interpretação que os dirigentes de cada templo dão aos ensinamentos que lhe foram passados por quem lhes ensinou a doutrina que professam, e ainda continuam sendo passados intuitivamente por seu acompanhamento espiritual. É isso mesmo! Não é porque o dirigente não é espírita que não recebe parte de seu aprendizado de entidades espirituais, a esses ensinamentos eles dão às vezes o nome de "sopro divino" ou dizem que foi por "inspiração do espírito santo". O que importa realmente é sabermos que mesmo que leiam e preguem pela mesma cartilha, você sempre observará, devido a essa interpretação do dirigente, variações nos cultos e missas, mesmo nos templos da mesma religião. Veja só como exemplo os Cultos Cristãos, seja ele Católico ou Protestante, se eles que têm como livro de consulta padrão apenas um, a Bíblia, variam seus cultos, como é que religiosos de outras linhas, que não têm um livro padrão por onde se guiarem, podem executar rituais exatamente iguais? Agora em se tratando de grupos espíritas ou espiritualistas, essa diferença acaba sendo ainda maior, pois eles têm um contato mais efetivo com entidades astrais, que os transmitem com muito mais freqüência esses ensinamentos e normalmente adaptados à condição de cada grupo de trabalho, ou pela interpretação do mediador ou pelo grau de evolução da entidade que o estiver passando. Agora já dá para respondermos as questões do início deste tema. Sendo simples a resposta a elas: TODOS ESTARÃO CORRETOS ENQUANTO SUAS PRÁTICAS E RITUAIS ESTIVEREM DIRECIONANDO SEUS ADEPTOS A RELIGAÇÃO COM SEU CRIADOR. Já os Rituais, na verdade, são meramente protocolos e rotinas criados ou intuídos pelos Dirigentes, que visam colocar os adeptos em sintonia com o ambiente e conseqüentemente com a “agrégora”4 local. Para se começar qualquer tipo de reunião religiosa, seja em que grupo for, sempre há, primeiramente, um ritual de preparação que pode ser desde o mais simples até os mais complexos, onde são inseridos diversos artifícios como: cânticos, defumações, pregações, orações e palestras. Se em qualquer um dos casos o Dirigente conseguir fazer com que representantes e assistentes entrem em sintonia com as vibrações que se pretende buscar, então o ritual cumpriu o seu papel e poderá ser considerado correto para aquele fim. Então se você quiser classificar em níveis de correção um determinado ritual será preciso verificar o quanto esse ritual cumpriu seu objetivo, o que poderá ser percebido pela força da agrégora que vai se formando, se você for um médium vidente, ou no nível de participação de todos os presentes, pois quando há respeito, atenção e participação ativa de todos certamente a egrégora é forte e o objetivo pôde ser alcançado. Encarando por esse ângulo você poderá, até dentro de um mesmo grupo, classificar o ritual utilizado ora como mais correto ora como menos correto. Observemos agora, o que normalmente acontece em um Terreiro de Umbanda: Primeiro abrem-se os trabalhos com os rituais próprios de cada casa: firmeza de velas para as entidades guias do terreiro, pontos de defumação, defumação, às vezes algumas orações; começam então os cânticos ou pontos de chamada para as entidades dirigentes, as saudações aos Orixás; até aí tudo bem, todos participando e atentos.
4- Agrégora ou Egrégora: É a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.
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Então, passando essa “abertura” começam os cânticos para a chegada das entidades de trabalho e a partir daí é que a seção começa se tornar um "deus nos acuda", porque geralmente a assistência vira platéia e quem antes estava atento, normalmente pela curiosidade, começa a disputar melhor ângulo de visão; ou a conversar com o vizinho ressaltando esse ou aquele caso em que esteve envolvido; ou julgando os melhores e piores médiuns ali presentes, isso quando não podem sair do ambiente e ir lá para fora falar dos mais variados assuntos, nada relacionados aos trabalhos que estão sendo realizados. Pois bem, qual é a conseqüência disto no plano astral:
1º. A egrégora, por mais bem feita que tenha sido no início, antes mesmo de conseguir atrair uma boa quantidade de energia de igual teor começa a desmontar. Se o corpo mediúnico permanecer em estado de concentração, a energia ou corrente de energia se centralizará sobre eles e se nutrirá das energias que eles gerarem, causando um desgaste desnecessário;
2º. Havendo pessoas realmente necessitadas na assistência, ao serem atendidas, servirão como "ralos" por onde se escoará toda a energia do ambiente, que por sua vez, para que se mantenha em um nível aceitável, deverá ser constantemente revitalizada pelo esforço desses mesmos médiuns, causando mais desgaste;
3º. Não raramente, podemos observar também, no comportamento dos próprios médiuns e cambônos e apoiadores atitudes semelhantes às dos assistentes quando, estando ali incorporada a entidade chefe ou algumas entidades, os que não estão atuando, incorporados ou auxiliando, acham-se no direito de conversarem entre si ou com a assistência, quando não ficam "de orelha em pé" para poderem escutar o que uma entidade está falando para um consulente. Nesse caso, o foco de energia ambiental diminui ainda mais em quantidade e qualidade sendo que o pouco que é gerado, o é apenas por aqueles que estão ativos, incorporados ou auxiliando.
Agora preste atenção em seu grupo. Veja se durante todo o tempo de reunião todos estão atentos e com suas mentes realmente voltadas para o sucesso dos trabalhos. E aí o que constatou? Se você ou seu grupo se encaixa nas citações acima, comece então fazendo sua parte, mude sua postura e seus atos, não é porque você não é um médium de incorporação, que não é importante para o desenvolvimento dos trabalhos, você também é um doador de energia. Também não adianta ser hipócrita e "deixar a coisa rolar", achando que não é sua obrigação, ou que isso é responsabilidade do Dirigente, ou “que se o fulano faz, eu também posso fazer”, pois certamente mais cedo ou mais tarde os problemas começarão a acontecer em decorrência dessa sobrecarga. Mas que problemas? Os mais diversos, sendo que quase sempre começam pelo abalo da saúde física e às vezes até mental de certos médiuns, passando pelas dificuldades financeiras, problemas familiares e outros mais, sem que para isso tenha necessariamente havido ação de qualquer entidade malfeitora. Bastando que haja por algum tempo um desequilíbrio entre dar e receber energias positivas para que a absorção de energias de baixo teor se faça e atraia consigo os mais diversos tipos de problemas. Você duvida disso? A lei mais importante para os que lidam com a manipulação desse tipo de energia é A LEI DAS AFINIDADES, que diz: "OS IGUAIS SE ATRAEM". E ao se imantarem com energias negativas, seja pela sobrecarga gerada em uma seção ou pela sua conduta moral, os médiuns passam a ser, cada vez mais, focos de atração também para Entidades do Baixo-Astral, que sintonizam bem com essas energias e vão logo aproximando e aproveitando a oportunidade para aumentarem seu sofrimento. Aí logo nos perguntamos: Onde estão os Protetores? Onde estão os Guias? Eles não deveriam fazer alguma coisa? Mas quem disse que não fazem, ou pelo menos não tentam fazer. É preciso que fique bem claro que os processos de deterioração na vida de um médium, ou de qualquer pessoa, não acontecem da noite para o dia e até que se estabeleça essa deterioração, tenha certeza de que muitos avisos são dados, isso é claro, quando há entidades verdadeiramente positivas atuando junto ao grupo.
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Se um grupo no entanto não é disciplinado e principalmente não sabe ou não quer passar aos assistentes a necessidade dessa disciplina, fatalmente correrá o risco de amanhã estar envolvido com os mesmos problemas daqueles que hoje os procuram para pedir ajuda. Então, para uma participação efetiva em qualquer ritual religioso é preciso que o conceito de DISCIPLINA esteja vivo na consciência de todos. Devemos parar de cometer um mundo de insanidades e começar a assumir as besteiras que fazemos antes de sair pondo a culpa por tudo que acontece em nossas vidas na Religião ou na espiritualidade. E você se for uma pessoa consciente e de bons princípios, como umbandista ou praticante de qualquer outra corrente espiritualista, tem a obrigação de ser pelo menos honesto aos seus princípios e procurar fazer sua parte. Não devemos também ficar combatendo e atacando, mesmo que por defesa, essa ou aquela religião, pois não é com combate a outros grupos religiosos que vamos fazer da nossa Umbanda, ou qualquer outra religião, um exemplo a ser seguido. Muito pelo contrário, se nós umbandistas, ou os espíritas, ou militantes dos Cultos de Nação, pretendemos ver nossos "santuários e doutrinas" respeitados, devemos começar primeiramente respeitando nós mesmos nossas próprias doutrinas, estudando-as e praticando-as honestamente. Não seria, de forma alguma, combatendo grupos e doutrinas que se faria vigorar a nossa como a dona da verdade, já que nenhuma delas o é na totalidade. É preciso que se observe em cada uma, o que há de realmente positivo e para melhor analisarmos é necessário que comecemos antes por "arrumar a nossa própria casa". Sejamos conscientes de que essa grande diversidade de religiões e seitas que existem no Brasil e no mundo, são frutos das diversas correntes filosóficas espirituais existentes também no Mundo Astral e se formam na Terra em virtude da maior ou menor aceitação dos seres encarnados que à elas vão se achegando, de acordo com o que julgam ser melhor para cada um, através da Lei da Afinidade. Continuemos sempre em busca do verdadeiro caminho, seja ele qual for, tendo a certeza de que NINGUÉM É DONO DA VERDADE e o principal objetivo de uma religião deva ser sempre a evolução de seus adeptos, independentemente de sua doutrina, suas práticas e seus rituais.
sábado, 14 de janeiro de 2012
DIA 20 DE JANEIRO, DIA DE SÃO SEBASTIÃO, DIA DE OXÓSSI.
São Sebastião nasceu em Milão, na Itália, de
acordo com Santo Ambrósio, por volta do século III, embora
haja versões de que tenha nascido em Narbonne,
na França. Pertencente a uma família cristã, foi batizado
em criança. Mais tarde, tomou a decisão de engajarse
nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um
dos oficiais prediletos do Imperador Diocleciano.
Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto
e ativo. Fazia de tudo para ajudar os irmãos na
fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados
e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu
converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o
governador de Roma, Cromácio, e seu filho, Tibúrcio,
foram convertidos por ele.
Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado,
pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei.
Teve, então, que comparecer ante o imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.
Diante do Imperador, Sebastião não negou a sua fé e foi condenado à morte, sem direito à apelação.
Amarrado a um tronco, foi varado por flechas, na presença da guarda pretoriana. No entanto, uma viúva
chamada Irene retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou.
Assim que se recuperou, demonstrando muita coragem, se apresentou novamente diante do Imperador,
censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo
com tamanha ousadia, Diocleciano ordenou que os guardas o açoitassem até a morte. O fato ocorreu
no dia 20 de janeiro de 288.
São Sebastião é um santo muito popular e padroeiro do município do Rio de Janeiro, dando seu
nome à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Reza a lenda que, na batalha final que expulsou os
franceses que ocupavam o Rio, São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos
e índios, lutando contra os franceses calvinistas.
Além disso, o dia da batalha coincidiu com o dia do santo, celebrado em 20 de janeiro. São Sebastião
é o protetor da humanidade contra a fome, a peste e a guerra.
Na Umbanda, São Sebastião corresponde a Oxóssi
Oxóssi é o orixá masculino iorubá responsável pela fundamental atividade da caça. Por isso na África
é também cultuado como Ode, que significa caçador.
No Brasil, o orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos, recebendo
o título de Rei das Matas. Seus símbolos são ligados à caça: no candomblé, tem um ou dois chifres
de búfalo dependurados na cintura. Na mão, usa o eruquerê (eiru), que são pelos de rabo de boi presos
numa bainha de couro enfeitada com búzios.
O filho de Oxóssi apresenta arquetipicamente as características atribuídas ao orixá. Representa o
homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem o alterar.
Oxóssi desconhece a agricultura, não muda o solo para plantar, apenas recolhendo o que pode ser imediatamente
consumido: a caça.
No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência
e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para se embrenhar na mata a fim de
caçar.
Geralmente Oxóssi é associado às pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente.
Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de
alcançar seus objetivos e a paciência para aguardar o momento correto para agir.
Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente,
sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe.
Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e de uma grande noção de responsabilidade.
Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.
Fonte: Os Orixás, Editora Três
EVANGELHO NO LAR UMBANDISTA.
Texto de: Dinalva Domingues de Faria
Não é porque somos Umbandistas que não podemos praticar o evangelho no lar.
A tradução do evangelho é a boa nova ou a boa noticia.
Somos cristãos e umbandistas, sendo assim: acho que deveríamos praticar o Evangelho no lar.
Jesus disse: Ide e pregai o evangelho!
Como somo Cristãos, e as nossas entidades também são, podemos e devemos praticar o Evangelho
no lar. Jesus é o nosso mestre: e o protetor do planeta terra.
Sabemos que Jesus é o maior mestre que já existiu em nosso planeta.
Sabemos que muitos umbandistas são contra: fazer o evangelho no lar, pois acham que isso deve
ser feito apenas pelos Kardecistas.
Eu aprendi no centro de umbanda que eu frequentava o quanto é importante: para nós médiuns de
Umbanda fazermos o Evangelho no lar. Podemos utilizar inclusive material de Umbanda:
- Assuntos que saem no jornal de umbanda
- e-mails de mensagens bacanas que recebemos
- Palavras e assuntos que os guias espirituais falam nos templos.
- Ou podemos perguntar ás entidades que incorporam em nosso terreiro de qual assunto devemos
tratar no evangelho no lar.
Como fazer o evangelho:
Primeiro, marcar um dia e uma hora que sejam adequados para todos os membros da família.
Todos devem concordar e assumir o compromisso de reservar entre as tarefas do dia-a-dia, este momento,
uma vez por semana, para o encontro do evangelho.
Na hora marcada, desligue o telefone, a campainha para que não haja interrupções, durante os quinze
á vinte minutos que durar a reunião.
Caso chegue alguma visita no horário e dia marcados para reunião, devemos comunicar aos visitantes o
que será feito e convidá-los passivamente da reunião. Caso a visita não queira participar, peça que eles
esperem e façam o evangelho mesmo assim.
É importante estipular quem fará a prece de abertura, a leitura do texto, o encaminhamento das vibrações
e a prece de encerramento.
Feito isso, inicia-se a reunião com uma prece simples e espontânea, feita pela pessoa designada.
Vamos dar aqui um modelo de prece, não precisa ser copiada, pois já sabemos que ela deve ser
feita com o coração. Mas sim para que vocês possam ter uma ideia geral, um ponto de partida, caso seja
necessário.
Quem desejar pode colocar um fundo musical suave.
“Senhor meu Deus, misericordioso e justo, mais uma vez estamos aqui em vosso santo nome para a
prática do evangelho no lar. Pedimos a Jesus nosso mestre, aos nossos Orixás, nossos protetores e guias
espirituais que nos acompanhe; e nos proteja. Que cada dia: possamos estar nos tornando pessoas melhores
do que fomos até hoje. Com a benção de Deus, de Jesus e dos Orixás. Que assim seja”.
Após a prece, ler em voz alta um trecho do evangelho ou textos relacionados aos ensinamentos de
Jesus, e ou mensagens de otimismo, etc, falar em tom suave. Depois de lida a mensagem os participantes
devem fazer os comentários sobre o que foi dito e o que cada um pode fazer para alcançar os ensinamentos
daquele dia.
É nesse clima de harmonia que envolvemos todas as pessoas: com amor, paz, saúde e equilíbrio.
Aqui segue algumas vibrações sugeridas que podem ser seguidas ou modificadas de acordo com a
escolha da família. Quando vibramos em prol de outras pessoas, do mundo, estamos nos doando e com
isso recebemos muitas vibrações positivas para a nossa vida também.
- Vibramos pela paz no mundo
- Pela harmonia e paz para nossa família
A PACIÊNCIA.
Quem nunca ouviu falar sobre ter paciência, mas o que é a paciência? O que significa?
A paciência como o próprio nome diz, é a ciência de parar, e ciência quer dizer estudo, conhecimento.
Logo possuir paciência leva tempo e aprendizado, todos nós já vacilamos nesta ciência, Avaliem-se,
todas as atitudes que tomamos, devem ser peneiradas com a ciência de parar, e quando digo parar é no
sentido pleno da palavra.
Deve-se parar para tudo, a correria do dia a dia nos deixam cada vez mais distantes do aprender
a parar. Quando paramos, conseguimos observar coisas que nem imaginamos, as possibilidades surgem
instantaneamente em nossas mentes, quando paramos deixamos o passado e o futuro para traz e ficamos
no presente.
Você já conseguiu deixar de pensar no passado e no futuro?
Quantas vezes você viveu no presente?
A mente esta acostumada com o padrão estabelecido pela correria do dia a dia, para-la é muito difícil.
Certamente você vai se pegar pensando em algo que quer fazer amanha ou no que aconteceu ontem,
mas e o agora ?
Será que você consegue lavar uma louça pensando em lavar louça?
Dirigir pensando em dirigir?
Quando isso acontece, você entra em contato com seu eu interior e então você vive o agora!!!
É nesse momento que vocês conseguem alcançar seus guias espirituais, e consegue falar com
Deus, que esta dentro de você, pois você é parte dele. Nessa hora surgem as informações, as respostas
para o que vocês procuram.
Nessa hora os artistas criam suas obras, os inventores inventam novos produtos e os cientistas novas
fórmulas.
Tudo isso porque ele conseguiu parar e apenas viver o agora e com isso conseguem alcançar o
Akasha, para pegar as informações que já estão lá esperando para serem descobertas.
Essa paciência ou ciência de parar pode mudar sua vida, pode fazer você enxergar novos horizontes,
pode curar a sua mente, o teu corpo e o teu espírito..
Guardião da Luz.
De: André Monteiro de Oliveira
Oração ao Pai Xangô
Meu Divino Pai Xangô, justiceiro do nosso Divino Criador, atuante da justiça, do equilíbrio e da
razão. Nós vos pedimos perdão por errar tanto perante vossa justiça Divina, por pura ignorância nossa.
E por todas as nossas faltas e falhas para convosco, nós vos pedimos que com vossas irradiações
incandescentes e abrasadoras o Senhor purifique nossos sentimentos e consuma todos os nossos
excessos emocionais, para que equilibrados possamos buscar os caminhos que nos levem a vestir
nosso espírito imortal de luz e pulsar em nosso íntimo apenas sentimentos nobres, para que possamos
crescer interiormente e que nossa emoção, nossa visão e razão estejam sempre em harmonia com a
vossa Justiça Divina e com a criação.
Meu Divino Pai Xangô, nós vos pedimos que atue em nossas vidas anulando todo o nosso negativismo,
e nos livrando do ódio, da cobiça, da inveja, da vaidade, do orgulho e das paixões desordenadas,
e que o Senhor nos dê o equilíbrio em todos os campos e sentidos de nossas vidas.
Que a Vossa Justiça Divina esteja sempre presente em nossos pensamentos, atos e palavras,
para que assim possamos amar e respeitar a beleza da vida e da criação.
Meu Divino Pai Xangô nos dê a Vossa Benção!
Amem
De:Cicera C. Neves.
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